6 de mai. de 2010

Mortais

Amores, este é um post rápido. É só para contar algo que só descobri hoje, uma semana após Homo Actors - do criador à criatura, e me deixou um tanto chateada, mas me fez pensar na complexidade do nosso trabalho.


Uma senhora, já bem idosa, que sempre assistia a todas as nossas peças faleceu. Foi no dia da nossa última apresentação. Na quinta-feira.


Ela, que na última quinta de cada mês assistia às nossas Culturas de Quinta não pôde chegar a conhecer os homo actors. Nunca troquei uma palavra com essa senhora, pouco me recordo do seu rosto, mas senti uma dor no peito, um arrepio que percorreu meus braços, minha barriga, parou na garganta, senti meu rosto se mexer vagarosamente com a notícia que ouvia, que espanto! “São mortais!”, não pude deixar de pensar.


Depois, a pessoa que me contou isso, parente dessa senhora, me disse: “Ela gostava tanto! Pensei nela quando você me convidou para a peça. Não pude ir, mas, quem sabe, ela não assistiu, né?”. Não consegui responder. Estou, de novo, arrepiada só de transcrever isso para vocês. Que energia estranha... É, meus amores... quem sabe, ela não assistiu!?


Um comentário:

  1. Sim, ela assistiu ao nosso espetáculo e certamente assistirá a todos que futuramente levaremos aos palcos. "São mortais", mas agora ela se torna imortal, não com a mesma magia que usamos...mas se imortalizou. Lindo post.

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