17 de fev. de 2010

Quarta-feira de cinzas

Plenitudianos (e afins), Evoééé! Nada como um grito dionisíaco para começarmos a aquecer nossos corpos, almas e corações para tudo o que, tenho certeza, nos aguarda em 2010.


“A luz apaga porque já raiou o dia e a fantasia vai voltar pro barracão. Outra
desilusão desaparece. Quarta-feira, queira ou não queira, terminou o carnaval.
Mas não faz mal, não é o fim do meu amor. [...] A gente ri, a gente chora, e
joga fora o que passou. A gente ri, a gente chora, e comemora um novo amor.”
(Novo amor - Maria Rita)

É isso mesmo, galera! Como já prenunciava Maria Rita, acabado o Carnaval, a fantasia volta aos barracões e as pessoas (quase todas) voltam às suas vidas de antes. Acaba-se a folia, a alegria, os sorrisos sem motivo, a bebedeira, a liberdade. Afinal, Carnaval é sinônimo de tudo isso, não é? Acaba-se, enfim, a coragem de se botar uma fantasia qualquer e andar pelas ruas, feliz.


No entanto, preciso dizer que, para nós, os Plenitudianos - e também para os livres de espírito, os que se respeitam, independentemente da opinião alheia -, o Carnaval teve, sim, um fim, mas a ilusão não. Por que estou falando essa asneira? Oras, porque vivemos de teatro, de arte (não financeira, mas emocionalmente). Somos, portanto, livres. Podemos chorar, sorrir, comemorar mais do que as outras pessoas - as que ainda não descobriram dentro de si alguma das mais variadas formas de arte.


Por isso, como um (bem mal feito) respaldo à letra de Maria Rita, digo que não importa tanto, a nós, que a luz da avenida tenha se apagado, que a quarta-feira de cinzas tenha raiado, que o Carnaval tenha terminado, pois esse não é o fim do nosso amor. Logo, voltaremos... o Teatro, a Arte, nos esperam!



Então, plenitudianos, ansiosamente aguardo pelo nosso reencontro, que ocorrerá logo, para brindarmos, festejarmos, vivermos a Arte.
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