27 de fev. de 2009
Mais uma vez, o ciclo
Em cena:
Maiara Alves
Começar de novo (Ivan Lins e Victor Martins)
“Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, ter me conhecido
Ter virado o barco, ter me socorrido
Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Sem as suas garras sempre tão seguras
Sem o teu fantasma, sem tua moldura
Sem suas escoras, sem o teu domínio
Sem tuas esporas, sem o teu fascínio
Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena já ter te esquecido
Começar de novo.”
Nos finais e, também, nos começos de ciclos sempre temos aquela vontade de acreditar que, daqui em diante, SERÁ DIFERENTE e cada vez melhor. As questões filosóficas me tomam nesta época!
Está certo que já estamos praticamente em março, mas, levando em consideração que o nosso ano teatral se iniciará agora, estamos começando sim um novo ciclo.
O caminhar do tempo provoca mudanças de humor, de astral e de ambições em nós, simples humanos, seres permanentemente mutantes! Há a sensação incômoda de que envelhecemos a cada dia, de que vamos morrer, de que perderemos tanta coisa na vida, de que não teremos tempo de fazer tudo o que sonhamos, de que não sabemos o que virá e, pior, se virá.
O tempo e eu temos uma certa antipatia mútua! Mas a culpa não é dele. É daquilo que vem com ele: as mudanças. Elas me incomodam, embora (e curiosamente) me sejam tão desejadas!
Entretanto, por que cedemos às mudamos, mesmo sendo, por vezes, avessos a elas?
Resolvi ler sobre o assunto e "aaaacho que encontrei" (lembram do Castelo Ra-tim-bum?) uma justificativa plausível. Vejam-na: visto que o nosso ser é fragmentado, uma parte de nós se posiciona no mundo na “defensiva”, o que faz que nos agarremos às nossas (poucas ou quase nulas) certezas. No entanto, os seres humanos são influenciáveis pelos sinais emitidos do mundo que nos rodeia e embora, de início, prefiramos ignorar esses sinais, a nossa “outra parte” está sempre ávida por novidades, o que não causa mudanças de imediato, MANNSS, com o tempo (sempre o tempo) essas novidades acabam minando nossas defesas e se instalam em nós, expandindo-se até que, de repente, possamos perceber que MUDAMOS.
De tal forma, é possível percebermos que as mudanças ocorrem porque vivemos em constante conflito com nós mesmos. Uma perte quer, mas a outra não...
Mas, retomando agora o discurso otimista com que iniciei o texto, que nos venham mudanças, voltando nossos olhos para o movimento, nosso coração para o Teatro e nosso ser para os novos (e esperados) personagens!
Agora sim o ano 2009 será completo...
Um maravilhoso ano teatral para todos nós!
Nota: Ai, quanta ansiedade! *_*
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E é exatamente nestas mudanças que nos desencontramos para depois e definitivamente nos encontrarmos.Ótimo ano PLENITUDE a todos....e vamos a arte.
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